Massa Crítica * Portugal

Isto hoje é mesmo a pôr a escrita em dia. Mas desta vez não tenho fotos para ilustrar.

Uns amigos meus convidaram-me para visitar Itália, e eu aproveitei. Nem tive muito tempo para pensar, ou planificar o que quer que fosse, mas fui!

Posso dizer, sem insultar os romanos, que com gente a conduzir automóveis e motos daquela maneira, a vida dos ciclistas torna-se uma verdadeira aventura de sobrevivência. A única vez que andei de bicicleta à vontade foi porque saí de madrugada e a um fim-de-semana.

Roma tem umas boas ciclovias, mas o problema é conseguir chegar até elas, caso não se more ao lado de alguma, pois o trânsito é quase caótico, uma confusão e uma intensidade assustadores. Nessa madrugada e parte de manhã encontrei malta de bicicleta, nas ciclovias, no passeio de fim-de-semana, mas pouco mais bicicletas vi. Ainda vi um ou outro ciclista, durante a semana, mas muito poucos. A malta ali deve gostar de acelerar e então se optam por duas rodas, vêm logo equipadas com um bom motor a gasolina!

A maior das ciclovias acompanha o rio, que corre a um nível inferior ao da cidade, e por isso tem muitas escadas de acesso lá abaixo. Nessas escadas, para facilitar a vida aos ciclistas, colocaram uma calha metálica ao longo de todas as escadas, encostadinha a um dos lados, para não perturbar quem anda a pé, e assim, a malta só tem que colocar as rodas na calha, inclinar um pouco a bicicleta e empurrá~la, ou ampará-la se for a descer, e já não precisa de a levar às costas. Uma ideia muito prática.

Se forem a Roma, não se preocupem em levar bicicleta, porque já têm bicicletas no centro da cidade, para as pessoas utilizarem. não experimentei, mas estavam todas com um ar muito novinho, vermelhinhas.

E aprendam que ali em Roma, os carros e as motos também são obrigados a dar passagem aos peões, mas ao verem as pessoas na berma, ou mesmo na estrada, parados na zona da passadeira a ver se os carros param, não é suficiente para eles pararem. Aliás é uma das diversões dos romanos observar os turistas à espera que os carros parem. Ali a técnica é começar a andar, que eles travam. Nisso eles são mesmo bons, atentos e com os reflexos bem treinados, talvez porque com tantas motos a ultrapassar a torto e a direito, têm mesmo que estar atentos para não matarem ninguém.