Neste momento decorre um processo de contactos com os SMTUC nomeadamente por intermédio da Quercus Núcleo de Coimbra que pediu uma reunião com o Administrador Delegado dos SMTUC; este ainda não se «dignou» em marcar a tal reunião.... mas ela também só faz mais sentido depois dos contactos, a que é preciso dar continuidade, com o IMTT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres). Vamos dar algum tempo a ver como as coisas decorrem e depois pode-se pensar em que mais fazer (abaixo assinado, etc)
Utilizei uma vez um desses
sistemas de suporte de biclas num autocarro na zona de São Francisco.
Como sabem, o sistema funciona normalmente em self-service. O
passageiro, antes de embarcar, pega na sua bicicleta, abre o suporte e
espeta lá com o veículo. Como se tratava da primeira vez que iria
utilizar a geringonça, estava com algum receio que o motorista, bem
como a restante populaça, se indignasse com o tempo perdido pelo azelha
lá da frente. Nada disso. Para além da geringonça ser de utilização
absolutamente intuitiva, com os bonecos explicativos na testa do
autocarro a coisa resolveu-se em breves segundos. O motorista, grande e
farto, aguardou com uma serenidade plácida. Os restantes, nem se terão
apercebido.
É curioso porque na Bay Area (área metropolitana de São Francisco)
há um conjunto muito interessante de transportes que funcionam em
perfeita sintonia e harmonia com as bicicletas. Para além de se
complementarem de forma funcional. Serão, seguramente, frutos de uma
dinâmica cultural exigente que, entre outras coisas interessantes, deu
origem à Massa Crítica.
De qualquer forma, essa minha viagem começou com uns 100km num
comboio de serviço intercidades, mas com uma configuração equivalente a
alguns suburbanos da zona de Lisboa, com dois pisos. Todos os comboios
intercidades da Amtrak no Capitol Corridor são equivalentes aos nossos
suburbanos (genericamente bem mais velhos até), e todos têm suportes
(verticais) para pelo menos 4 bicicletas por carruagem. As bicicletas
ficam literalmente penduradas pelas rodas da frente nos referidos
suportes. Transportar bicicletas é absolutamente gratuito.
Seguiu-se uma parcela da viagem num comboio urbano - Caltrain.
Também este com 2 pisos. No Caltrain há carruagens em que a totalidade
do piso inferior é para utilização exclusiva de bicicletas (vejam as
fotos em anexo). Uma amálgama verdadeiramente interessante. Também aqui
pelo transporte da bicicleta paguei... Zero.
Por fim, houve ainda a referida viagem de autocarro. Reparem que
sem recorrer a uma bicicleta dobrável o transporte da bicicleta em meio
suburbano e urbano foi gratuito e em condições perfeitamente
integradas, adequadas e fluídas.
Temos ainda, portanto, um caminho interessante para percorrer na defesa de uma intermodalidade sustentada.
Abraços e beijinhos,
rui
2009/4/17 Marcos Pais
Boas,
aproveitei a estadia de uma amiga em Vancouver para lhe pedir
algumas fotos de transportes públicos.
Entre as fotos vêm as duas que envio em anexo, com autocarros
que permitem o transporte de bicicletas em grelhas dianteiras.
Nada de novo, afinal, mas é sempre mais uma achega. E quanto a
mim este sistema de grelhas dianteiras é preferível ao actual
sistema da carris de transportar as bicicletas dentro dos
autocarros. Mas isto é apenas teoria, pois nunca utilizei nem
...seja como for podia-se fazer um autocolante generalista, que desse para qualquer cidade! Como já tens alguma prática das coisas informáticas penso que poderias fazer uma coisa simples no word ou open office...eu arranjo maneira de se imprimir e depois envio-te alguns...
OK, mas eu não serei se calhar a pessoa mais indicada...sem querer estar a "fugir com o rabo à seringa" deve haver por aqui algum designer habiltado para fazer uma coisa catita :-)
Onde está ele(a)? :-)
Tu estás a sugerir especificamente para Coimbra? Se eu falar nisso para Aveiro até se riem porque é plano e tal... Eu acho que não se perdia nada em ter noutras cidades e carreiras mais longas, talvez neste último caso devessem ser arrumadas dentro do bus no porão, mas não numa solução tudo "ao molhe", claro!
Se calhar conseguia-se mais actuando não apenas numa cidade, mas com uma proposta a nível nacional. Mas compreendo que te sintas mais disposto a pressionar em Coimbra, pela questão da orografia.
Quanto aos autocolantes sugiro que faças um modelo no computador (até pode ser bem simples: do tipo só com texto) que eu tenho vários maços de papel autocolante(do tamanho 10 por 15 tipo fotografia) que comprei bastante barato., e que é possivel imprimir gratuitamente.
Escrevi, também, agora, o seguinte email:
(Ao cuidado do Sr. Administrador dos SMTUC Manuel Oliveira)
...que pode ser esclarecedor quanto ao que foi defendido por mim na entrevista do passado dia 8 de Abril, onde o Sr. também interveio, no Rádio Clube de Coimbra (vide: http://www.massacriticapt.net/?q=blogue/entrevista-sobre-bicicletas-r-dio-clube-coimbra-8-abril-2009-0751 ).
Como pode calcular insisto na necessidade de plataformas para bicicletas nos veículos dos SMTUC, nomeadamente das linhas 1A, 7, 29,103... Por outro lado estou a tentar-me documentar melhor quanto à questão legal, nomeadamente quanto ao licenciamento das ditas plataformas (IMTT?). Gostaria muito de uma reunião consigo, em breve; desta vez como representante da MUBI (Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta); é possível informarem-me de qual o procedimento mais adequado para marcar tal reunião?
Já agora, como fizeste? Tu foste convidado por eles ou sugeriste o tema à rádio?
Mesmo que se sugira e crie grupos de pressão para alterar a legislação, vamos ouvir a resposta que não é uma prioridade, que ainda há poucas bicicletas a circular, que fizeram estudos de mercado, que fica caro, sei lá... esta foi também a resposta de um revisor da CP acerca do transporte de bicicletas no comboio, revisor este adepto das bicicletas, contou-nos que um grupo de BTT ao saber que por serem um grupo demasiado numeroso não poderiam circular naquele comboio, meteram simplesmente as bicicletas na linha à frente do comboio e tiveram de chamar a PSP... ...
Realmente só começando a circular mais bicicletas é que se pode justificar a pressão/alteração.
Mas como aqui o pessoal não é de desistir... e temos aqui alguém de Direito :-)...
Sabem os autocolantes amarelos do movimento Passeio Livre acerca de restituir os passeios aos peões devido à crescente ocupação com carros mal estacionados?
Para chamar a atenção até me apetecia pespegar uns autocolantes ou papéis nos buses e paragens do tipo: Em Portugal, a minha bicicleta não pode viajar no bus comigo/ a minha bicicleta ainda fica à porta do bus... onde está a intermodalidade? ...qualquer coisa assim... (o que eu não gosto é a questão ecológica do gasto de papel e tintas e o facto dos autocolantes sujarem a cidade e deixarem resíduos)
Isto deveria aplicar-se tanto às carreiras urbanas como aos regionais e que fazem viagens mais longas pelo país. Seria escusado levar o carro e ir com as biclas no tejadilhio a aumentar o gasto de combustível, além de só levar 5 pessoas.
Sei de pessoal que teve de fazer um choradinho para trazerem as biclas na camionete de volta para casa (e se não podiam mesmo transportar então até estavam em infracção com a conivência do motorista) e de outra pessoa que foi fazer um dos Caminhos de Santiago e se informou previamente que lhe transportariam a bicicleta grátis em Espanha e depois não a queriam tansportar e teve de pagar...
Tens razão, tinha ideia de que estaria na portaria das autorizações especiais de trânsito mas reli na diagonal e acho que não se aplica. Vou enviar um e-mail pró IMTT a ver se obtenho uma resposta mais oficial.
Artigo 15.o Licenciamento de veículos 1 — Os veículos a afectar ao transporte público de passageiros estão sujeitos a licença a emitir pela DGTT. 2 — As condições de licenciamento e os requisitos dos veículos são definidos por portaria do membro do Governo responsável pela área dos transportes, sem prejuízo da legislação aplicável a transportes turísticos. 3 — As licenças dos veículos caducam nos casos de não aprovação do veículo em inspecção periódica ou de falta de seguro automóvel obrigatório.
Duma primeira leitura retira-se que tem de haver uma portaria que permita as plataformas para bicicletas nos autocarro ...(vide nº2 do artº15º). Será?
O nosso CE não permite esses suportes, a pressão tem que ser a esse nível, por mais que os operadores queiram aceder a este tipo de pediods, enquanto não mudarem a lei eles não o podem fazer.
Comentários
Ainda não...
Neste momento decorre um processo de contactos com os SMTUC nomeadamente por intermédio da Quercus Núcleo de Coimbra que pediu uma reunião com o Administrador Delegado dos SMTUC; este ainda não se «dignou» em marcar a tal reunião.... mas ela também só faz mais sentido depois dos contactos, a que é preciso dar continuidade, com o IMTT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres). Vamos dar algum tempo a ver como as coisas decorrem e depois pode-se pensar em que mais fazer (abaixo assinado, etc)
Bom diaGostaria de saber se
Bom dia
Gostaria de saber se já houve alguma resposta por parte dos smtuc para a colocação das plataformas. Será necessário um abaixo assinado?
Testemunhos
Na mailing list nacional:
Boas tardes!
Caríssimos,
Utilizei uma vez um desses sistemas de suporte de biclas num autocarro na zona de São Francisco. Como sabem, o sistema funciona normalmente em self-service. O passageiro, antes de embarcar, pega na sua bicicleta, abre o suporte e espeta lá com o veículo. Como se tratava da primeira vez que iria utilizar a geringonça, estava com algum receio que o motorista, bem como a restante populaça, se indignasse com o tempo perdido pelo azelha lá da frente. Nada disso. Para além da geringonça ser de utilização absolutamente intuitiva, com os bonecos explicativos na testa do autocarro a coisa resolveu-se em breves segundos. O motorista, grande e farto, aguardou com uma serenidade plácida. Os restantes, nem se terão apercebido.
É curioso porque na Bay Area (área metropolitana de São Francisco) há um conjunto muito interessante de transportes que funcionam em perfeita sintonia e harmonia com as bicicletas. Para além de se complementarem de forma funcional. Serão, seguramente, frutos de uma dinâmica cultural exigente que, entre outras coisas interessantes, deu origem à Massa Crítica.
De qualquer forma, essa minha viagem começou com uns 100km num comboio de serviço intercidades, mas com uma configuração equivalente a alguns suburbanos da zona de Lisboa, com dois pisos. Todos os comboios intercidades da Amtrak no Capitol Corridor são equivalentes aos nossos suburbanos (genericamente bem mais velhos até), e todos têm suportes (verticais) para pelo menos 4 bicicletas por carruagem. As bicicletas ficam literalmente penduradas pelas rodas da frente nos referidos suportes. Transportar bicicletas é absolutamente gratuito.
Seguiu-se uma parcela da viagem num comboio urbano - Caltrain. Também este com 2 pisos. No Caltrain há carruagens em que a totalidade do piso inferior é para utilização exclusiva de bicicletas (vejam as fotos em anexo). Uma amálgama verdadeiramente interessante. Também aqui pelo transporte da bicicleta paguei... Zero.
Por fim, houve ainda a referida viagem de autocarro. Reparem que sem recorrer a uma bicicleta dobrável o transporte da bicicleta em meio suburbano e urbano foi gratuito e em condições perfeitamente integradas, adequadas e fluídas.
Temos ainda, portanto, um caminho interessante para percorrer na defesa de uma intermodalidade sustentada.
Abraços e beijinhos,
rui
Marcos
Sim
...seja como for podia-se fazer um autocolante generalista, que desse para qualquer cidade! Como já tens alguma prática das coisas informáticas penso que poderias fazer uma coisa simples no word ou open office...eu arranjo maneira de se imprimir e depois envio-te alguns...
Autocolante campanha bicla no bus
OK, mas eu não serei se calhar a pessoa mais indicada...sem querer estar a "fugir com o rabo à seringa" deve haver por aqui algum designer habiltado para fazer uma coisa catita :-)
Onde está ele(a)? :-)
Tu estás a sugerir especificamente para Coimbra? Se eu falar nisso para Aveiro até se riem porque é plano e tal... Eu acho que não se perdia nada em ter noutras cidades e carreiras mais longas, talvez neste último caso devessem ser arrumadas dentro do bus no porão, mas não numa solução tudo "ao molhe", claro!
Se calhar conseguia-se mais actuando não apenas numa cidade, mas com uma proposta a nível nacional. Mas compreendo que te sintas mais disposto a pressionar em Coimbra, pela questão da orografia.
Sim
Quanto aos autocolantes sugiro que faças um modelo no computador (até pode ser bem simples: do tipo só com texto) que eu tenho vários maços de papel autocolante(do tamanho 10 por 15 tipo fotografia) que comprei bastante barato., e que é possivel imprimir gratuitamente.
Escrevi, também, agora, o seguinte email:
(Ao cuidado do Sr. Administrador dos SMTUC Manuel Oliveira)
Venho por este meio solicitar o visionamento do vídeo seguinte:
http://www.massacriticapt.net/?q=blogue/autocarro-de-los-angeles-eua-com...
...que pode ser esclarecedor quanto ao que foi defendido por mim na entrevista do passado dia 8 de Abril, onde o Sr. também interveio, no Rádio Clube de Coimbra (vide: http://www.massacriticapt.net/?q=blogue/entrevista-sobre-bicicletas-r-dio-clube-coimbra-8-abril-2009-0751 ).
Como pode calcular insisto na necessidade de plataformas para bicicletas nos veículos dos SMTUC, nomeadamente das linhas 1A, 7, 29,103...
Por outro lado estou a tentar-me documentar melhor quanto à questão legal, nomeadamente quanto ao licenciamento das ditas plataformas (IMTT?).
Gostaria muito de uma reunião consigo, em breve; desta vez como representante da MUBI (Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta); é possível informarem-me de qual o procedimento mais adequado para marcar tal reunião?
Com os melhores cumprimentos
Paulo Andrade
Boa Paulo! Já agora, como
Boa Paulo! :-)
Já agora, como fizeste? Tu foste convidado por eles ou sugeriste o tema à rádio?
Mesmo que se sugira e crie grupos de pressão para alterar a legislação, vamos ouvir a resposta que não é uma prioridade, que ainda há poucas bicicletas a circular, que fizeram estudos de mercado, que fica caro, sei lá... esta foi também a resposta de um revisor da CP acerca do transporte de bicicletas no comboio, revisor este adepto das bicicletas, contou-nos que um grupo de BTT ao saber que por serem um grupo demasiado numeroso não poderiam circular naquele comboio, meteram simplesmente as bicicletas na linha à frente do comboio e tiveram de chamar a PSP... ...
Realmente só começando a circular mais bicicletas é que se pode justificar a pressão/alteração.
Mas como aqui o pessoal não é de desistir... e temos aqui alguém de Direito :-)...
Sabem os autocolantes amarelos do movimento Passeio Livre acerca de restituir os passeios aos peões devido à crescente ocupação com carros mal estacionados?
Para chamar a atenção até me apetecia pespegar uns autocolantes ou papéis nos buses e paragens do tipo: Em Portugal, a minha bicicleta não pode viajar no bus comigo/ a minha bicicleta ainda fica à porta do bus... onde está a intermodalidade? ...qualquer coisa assim... (o que eu não gosto é a questão ecológica do gasto de papel e tintas e o facto dos autocolantes sujarem a cidade e deixarem resíduos)
Isto deveria aplicar-se tanto às carreiras urbanas como aos regionais e que fazem viagens mais longas pelo país. Seria escusado levar o carro e ir com as biclas no tejadilhio a aumentar o gasto de combustível, além de só levar 5 pessoas.
Sei de pessoal que teve de fazer um choradinho para trazerem as biclas na camionete de volta para casa (e se não podiam mesmo transportar então até estavam em infracção com a conivência do motorista) e de outra pessoa que foi fazer um dos Caminhos de Santiago e se informou previamente que lhe transportariam a bicicleta grátis em Espanha e depois não a queriam tansportar e teve de pagar...
Isto parece funcionar tão bem no video que já aqui postaram. Seria bom que as autoridades o vissem.
Telefonar
Hoje telefonei para a
Tens razão, tinha ideia de
Tens razão, tinha ideia de que estaria na portaria das autorizações especiais de trânsito mas reli na diagonal e acho que não se aplica. Vou enviar um e-mail pró IMTT a ver se obtenho uma resposta mais oficial.
Decreto-Lei n.o 3/2001 de 10 de Janeiro
Artigo 15.o
Licenciamento de veículos
1 — Os veículos a afectar ao transporte público de
passageiros estão sujeitos a licença a emitir pela DGTT.
2 — As condições de licenciamento e os requisitos
dos veículos são definidos por portaria do membro do
Governo responsável pela área dos transportes, sem prejuízo
da legislação aplicável a transportes turísticos.
3 — As licenças dos veículos caducam nos casos de
não aprovação do veículo em inspecção periódica ou
de falta de seguro automóvel obrigatório.
Duma primeira leitura retira-se que tem de haver uma portaria que permita as plataformas para bicicletas nos autocarro ...(vide nº2 do artº15º). Será?
CE?
...podes ser mais específica e concreta?
Não bastaria uma certificação pelo IMTT (ex-DGV)?
O nosso CE não permite
O nosso CE não permite esses suportes, a pressão tem que ser a esse nível, por mais que os operadores queiram aceder a este tipo de pediods, enquanto não mudarem a lei eles não o podem fazer.
Bom trabalho, Paulo! :-)
Boa Paulo Realmente faltam
Boa Paulo ;-)
Realmente faltam os autocarros aí em Coimbra permitirem os transportes das bicicletas. Gostei muito do facto de explicares o porque não das ciclovias.
:-)